ALCONPAT Int.
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Boletín Técnico 04
para os cloretos pode-se estimar a evolução da
degradação da estrutura e definir especificações
para os materiais, nomeadamente em termos
das propriedades do concreto e do recobrimento
das armaduras de modo a garantir a ausência da
oxidação das armaduras até ao fim da Vida Útil
Estrutural, definida em projeto. Por exemplo, para
a carbonatação basta multiplicar os anos da Vida
Útil pretendida pelo coeficiente de carbonatação
adotado, para se obter o recobrimento necessário às
armaduras, para se evitar a oxidação.
Estruturas Metálicas –
Nas estruturas
metálicas, a vida útil pode ser estimada com base
em taxas de corrosão. O produto das taxas de
corrosão pelos anos da Vida Útil define a espessura
de aço que será corroída durante esse período.
A Tabela 3 apresenta taxas de corrosão típicas em
ambientes marítimos, para aço não protegido, que
podem ser usadas como uma primeira estimativa
para projeto.
Modelagem da Vida Útil – com estes modelos
para o concreto e para o aço pode-se estimar os
recobrimentos de armaduras nos elementos de
concreto armado ou a sobreespessura a adotar
nas peças metálicas de modo a que no fim da Vida
Útil Estrutural pretendida não se tenha atingido
a oxidação nas armaduras de aço ou na seção
resistente metálica.
O problema deste tipo de análise reside no fato
desta simulação, na fase de projeto, ter de ser feita
escolhendo um valor para K (para a carbonatação),
ou Dc (para os cloretos) ou taxa de corrosão (para
as estruturas metálicas), sabendo-se que estes
valores são muito variáveis com os materiais e com
as condições ambiente.
Tal situação leva a que a solução atual consiste
em numa primeira fase adotar uma estimativa de
recobrimentos para o projeto, para ser executado
em obra. Numa segunda fase, durante a vida da
construção, monitora-se os valores adotados e caso
se tenha errado na estimativa, poder-se-á adotar
medidas corretivas da evolução da degradação.
Investigação recente permitiu relacionar ensaios
de carbonatação acelerada com exposição natural
(NEVES, 2011).
A resistência à carbonatação em condições
naturais foi avaliada a partir de superfícies de
concreto não revestido e não reparado de 21
viadutos, com idades compreendidas entre 4 e 32
anos. Extraíram-se 65 amostras de superfícies
Localização
m
m/ano
Zona enterrada
0,01
Submersa em lodos
0,1
Totalmente submersa
0,08 – 0,12
Zona inter-maré
0,1 – 0,2
Zona de respingos
0,2 – 0,4
Exposição ao ar
0,1 – 0,2
Tabela 3. Taxas de corrosão em aço para ambientes marítimos
Figura 7. Relação entre carbonatação acelerada e exposição natural
(Neves, 2011).
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