Responsabilidade Social na construção civil
Hênio F. F. Tinoco
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de custos com encargos sociais, uma vez que
há, comprovadamente, um melhor resultado
operacional e, consequentemente, uma maior
satisfação do cliente.
Esta consciência de responsabilidade social
empresarial, segundo
OLIVA & OLIVEIRA (2008)
,
ainda não conseguiu uma adesão considerada
suficiente do setor da construção civil para as
necessidades imediatas das populações. No
entanto, mesmo insuficientemente, cabe o destaque
para algumas ações que têm transformado de
maneira significativa as relações deste setor que,
historicamente, não investe em ações sociais e
degrada o meio-ambiente.
4.1 Incentivos às empresas do setor
A CBIC, por meio de seu Fórum de Ação Social e
Cidadania (FASC), vem estimulando, desde 2005,
as ações sociais na indústria da construção com
o Prêmio CBIC de Responsabilidade Social. Já
bastante prestigiado pelo setor, o prêmio já agraciou
empresas e entidades de todo o país. O objetivo do
prêmio é fortalecer e estimular o desenvolvimento
de ações sociais no setor da Indústria da Construção
e do Mercado Imobiliário, criando um mecanismo
de reconhecimento dos esforços conjuntos do setor
na busca por uma sociedade com melhor qualidade
de vida
(CBIC, 2011).
Um dos vencedores de 2010 foi o programa
“Descobrindo Saberes – Construindo Cidadania”,
desenvolvido por uma empresa de construção civil do
estado do Ceará. A premiação reconheceu o trabalho
realizado pela empresa no desenvolvimento de
atividades socioeducativas e culturais de crianças
e adolescentes.
Outro agraciado no mesmo ano foi o Sindicato
das Indústrias da Construção e do Mobiliário
(Sinduscon) de São Leopoldo/RS, com o projeto
“Formação do Jovem Aprendiz da Construção
Civil - Fui eu que fiz, Doutor!”
(vide Fig. 2).
Figura 2. Alunos em treinamento no Programa de Formação do Jovem Aprendiz da Construção Civil, desenvolvido pelo Sinduscon-SL e o
SENAI-RS (fonte:
)
O projeto forma jovens entre 16 e 22 anos de
idade, com competências para atuar na área da
construção civil, fornecendo-lhes conhecimento
genérico das atividades a serem desenvolvidas com
sociabilidade e ética no mundo do trabalho, além de
resgatar a dignidade da atividade do trabalhador
da construção civil, por meio do aperfeiçoamento
profissional, visando proporcionar oportunidades
de trabalho e geração de renda
(CBIC, 2011).
OConselho Regional de Engenharia, Arquitetura
e Agronomia do Rio de Janeiro (CREA.RJ), no
intuito de demonstrar o comprometimento da área
tecnológicano resgate da dívida social, lançou o
“Selo
CREA.RJ de Responsabilidade Social”.
O selo é
conferido anualmente a empresas que desenvolvem
ações de responsabilidade social, especialmente
voltadas para iniciativas que promovam a inclusão
tecnológica, a aplicação responsável dos princípios
da Agenda 21 e que, além disso, contribuam
para atender as funções sociais das cidades como
preceitua o Estatuto das Cidades e incentivem o
Primeiro Emprego Tecnológico.
A entidade aposta que a iniciativa se insere
no compromisso ético assumido por todos os
profissionais da área tecnológica, onde “o objetivo
das profissões e a ação dos profissionais voltam-se
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