Corrosão das armaduras do concreto
Enio J. Pazini Figueiredo & Gibson Rocha Meira
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anódicas e aumentando o pH nas áreas catódicas
adjacentes, reduzindo as chances de futuro ataque
nessas áreas catódicas. Com a continuidade do
processo, mais íons Cl- penetram no concreto,
unindo-se àqueles reciclados para participarem de
novas reações.
No caso da segunda teoria, a ruptura da
película passivadora se dá em consequência da
formação de vazios decorrente do fluxo de cátions
através da película passivadora em resposta à
penetração de cloretos. Quando a eliminação
desses vazios não é mais possível, a ruptura local
da película passivadora pode ocorrer e a formação
de um pite tem início. Considerando o diagrama
de Pourbaix para o sistema ferro-solução aquosa,
contendo cloretos (vide Fig. 10), evidencia-se o
comportamento agressivo desses íons por meio da
redução significativa da zona de passivação e um
incremento da zona de corrosão com a inclusão da
zona de corrosão por pites.
Figura 9. Formação do pite de corrosão pela ação dos cloretos
(TREADAWAY, 1988)
.
Figura 10. Diagrama de equilíbrio termodinâmico para o sistema Fe-H
2
O, a 25
o
C, na presença de solução com íons cloreto a 355 ppm
(Adaptado de POURBAIX, 1987).
1...,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11 13,14,15,16,17,18,19,20,21,22,...30