ALCONPAT Int.
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Boletín Técnico 06
Na sequência, faz-se uma discussão a respeito
dos fatores que influenciam a taxa de crescimento
da corrosão. A velocidade de corrosão pode ser
8. Propagação da corrosão
basicamente controlada pelos quatro processos
mostrados na Fig. 18.
Figura 18. Diagramas de Evans mostrando a influência dos processos de controle catódico, anódico, misto e por resistência sobre a
intensidade de corrosão
(FIGUEIREDO, 1994).
Oconteúdodeumidadeno interiordoconcretoexerce
importante papel sobre a corrosão, quer seja porque a
água é necessária para que ocorra a reação catódica de
redução do oxigênio, ou porque influi na resistividade
do concreto e na permeabilidade ao oxigênio.
O concreto seco possui uma alta resistividade,
podendo atingir valores da ordem de 1011 ohm.
cm quando é submetida a temperaturas de 105ºC
(MONFORE, 1968)
. Nessas condições, o concreto
não permite a mobilidade dos íons. Por outro
lado, a medida que a unidade interna do concreto
aumenta, a resistência ôhmica vai diminuindo e o
processo de corrosão pode desenvolver-se, caso a
armadura esteja despassivada.
Quando os poros do concreto estão saturados de
água, a resistividade é a menor possível, porém o
oxigênio encontra maior dificuldade para chegar
até a armadura (vide Fig. 19c). Nessa situação, o
processo de corrosão está controlado pelo acesso
de oxigênio, ou seja, controlado catodicamente
(vide Fig. 18). A velocidade de corrosão resultante
é baixa ou moderada, semelhante a que ocorre em
estruturas de concreto armado situadas a certa
profundidade do mar.
Quando os poros contêm pouquíssima umidade,
a resistividade é muito elevada e o processo
de corrosão é muito dificultado. Nesse caso, a
velocidade de corrosão será baixa, ainda que o
concreto se mostre carbonatado ou contaminado
por cloretos (vide Fig. 19a).
As velocidades de corrosão máximas se dão em
concretos com teores de umidade altos, porém
sem saturar os poros. Nesse caso, o oxigênio
chega facilmente à armadura e a resistividade
é suficientemente baixa para permitir elevadas
velocidades de corrosão (vide Fig.19b).
8.1 Efeito da umidade, resistividade e acesso de oxigênio
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