ALCONPAT Int.
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Boletín Técnico 06
(Eq.10)
(Eq.11)
No âmbito das reações de carbonatação, também
ocorre a carbonatação do CSH, em que, além
do CaCO
3
, há a formação de gel de sílica, com
estrutura porosa, facilitando a continuidade da
carbonatação, bem como a carbonatação de outras
fases hidratadas contendo Al e Fe
(BAKKER, 1988;
TAYLOR, 1997).
O processo de carbonatação ocorre de fora para
dentro, criando uma frente carbonatada e uma
zona onde ainda não houve carbonatação e os níveis
de pH se mantêm elevados, conforme representa
a Fig. 8. Quando essa frente atinge a armadura,
aceita-se que o período de iniciação da corrosão foi
vencido
(TUUTTI, 1982)
.
Os íons cloreto (Cl-) penetram nos poros do
concreto, conjuntamente com a água e o oxigênio e,
ao encontrar a película passivadora da armadura,
provocamdesestabilizações pontuais nessa película.
Várias teorias tentam representar esse fenômeno.
No entanto, a maioria delas converge em relação ao
fato de que a ruptura da película passivadora é algo
dinâmico, com eventos repetidos de despassivação
e repassivação, até a despassivação definitiva
da armadura, bem como que este efeito ocorre de
forma localizada. Essa é uma característica que
faz com que a corrosão desencadeada por cloretos
seja tipicamente por pites, diferindo do que ocorre
devido à carbonatação (corrosão generalizada).
O processo de despassivação por cloretos ainda é
cercado de incertezas e teorias, como a do complexo
transitório
(TREADAWAY, 1988)
ou a do defeito
Figura 8. Representação esquemática do processo de carbonatação
(CEB, 1984)
.
6.2 Pela ação dos íons cloreto
pontual
(McDONALD, 1992 apud ALONSO et
al., 2010)
, que têm sido empregadas para explicar
esse fenômeno.
A Fig. 9 representa o efeito dos íons cloreto na
ruptura pontual da película passivadora e o início
do processo de corrosão, baseando-se na primeira
teoria. Uma vez iniciado o processo corrosivo, os
cloretos que se combinam inicialmente com os íons
Fe2+, formando FeCl
2
, são reciclados através da
hidrólise desses produtos, liberando os Cl- para
novas reações, mas também liberando íons H+. A
liberação de H+ faz com que a área anódica tenha
a sua acidez aumentada e o potencial dessa área
se torne mais negativo. Por outro lado, a formação
de OH- em função das reações catódicas, eleva
o pH dessas áreas. Assim, a corrosão por pites é
autossustentada, diminuindo o pH nas áreas
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