Corrosão das armaduras do concreto
Enio J. Pazini Figueiredo & Gibson Rocha Meira
17
de transporte dos agentes agressivos para o interior
do concreto, conforme pode ser visto na Fig. 11,
que mostra o efeito da relação água/cimento no
coeficiente de carbonatação. Esse efeito também
pode ser visto na Fig. 13, que relaciona a relação
água/cimento com a concentração de cloretos no
concreto para um mesmo período de exposição.
Sobre o potencial alcalino, o mesmo faz frente
à redução de alcalinidade decorrente do processo
de carbonatação, de modo que, para matrizes com
estrutura porosa semelhante, aquela que apresente
menor potencial alcalino demanda menor tempo
para que tenha o cobrimento carbonatado. No
caso da ação dos cloretos, esse efeito se processa
em relação à quantidade de cloretos necessária
para iniciar a corrosão. Como matrizes com maior
potencial alcalino possuem maior teor de OH-, uma
maior quantidade de cloretos é necessária para
atingir a mesma relação [Cl-]/[OH-]. Esse efeito é
exemplificado na Fig. 14, a qual mostra as diferenças
de comportamento de concretos elaborados com
cimentos de distintas características de alcalinidade
em relação ao avanço da carbonatação.
Figura 13. Influência da relação água/cimento na penetração de cloretos no concreto
(JAEGERMANN, 1990).
Figura 14. Influência do tipo de cimento na carbonatação natural do concreto
(VIEIRA et al.,2010).
1...,8,9,10,11,12,13,14,15,16,17 19,20,21,22,23,24,25,26,27,28,...30