ALCONPAT Int.
22
Boletín Técnico 06
elástica, bordes de grãos etc.) e heterogeneidades
do meio (aeração diferencial, concentrações salinas
e pH diferenciados etc.).
No caso das estruturas de concreto armado,
Lewis & Copenhagen (1957)
, propuseram cinco
tipos de células de corrosão, sobre as quais se
comenta a seguir.
8.3.1 Diferença de concentração de sais (íons Cl )
Em meios marinhos, ou próximos a ele, as pilhas
oriundas da concentração diferencial de sais são
as de maior incidência nas estruturas. A Fig. 20
mostra um exemplo típico onde os íons cloreto
penetram pela parte superior de uma estrutura
de concreto armado, atingindo inicialmente as
armaduras superiores que, por sua vez, estão
conectadas através dos estribos às armaduras
inferiores. Nesse caso as armaduras superiores
sofrerão processo corrosivo, enquanto as inferiores
permanecerão passivas enquanto os íons cloreto
não atinjam a profundidade onde estão localizadas.
Figura 20. Funcionamento esquemático de uma macrocélula de corrosão formada devido à ação dos íons cloreto
(IccET , 1988)
.
Os fatores responsáveis pela velocidade e
profundidade de carbonatação, comentados no
Item 6.1, são os responsáveis pela formação desse
tipo de macrocélula de corrosão. Concretos com
características distintas permitem que algumas
áreas sejam carbonatadas, enquanto outras
permanecem com pH elevado.
8.3.2 Diferença de pH
8.3.3 Presença de fissuras
Através das fissuras, agentes agressivos como
os íons Cl
-
ou o CO
2
podem penetrar e romper
a passividade da armadura. No caso de fissura
transversal à armadura, a região próxima a fissura
atuará, como ânodo, enquanto que as regiões
laterais atuarão como cátodo (vide Fig. 21a). No
caso de fissura longitudinal sobre a armadura, a
região adjacente à armadura atuará como ânodo
e a região inferior da armadura como cátodo (vide
Fig. 21b).
1...,13,14,15,16,17,18,19,20,21,22 24,25,26,27,28,29,30