Controle de resistência do concreto
Jéssika Pacheco & Paulo Helene
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Os critérios de controle e recebimento do concreto
estrutural estão claramente expressos no texto da
norma
ACI 318-11 Building Code Requirements for
Structural Concrete, Chapter 5 Concrete quality,
mixing, and placing, item 5.6 Evaluation and
acceptance of concrete.
Em primeiro lugar exige que o Laboratório
de Controle seja acreditado pela norma
ASTM C
1077
e que os laboratoristas sejam certificados pelo
ACI
. Atualmente no Brasil o IBRACON tem um
programa de certificação similar.
Obriga que os corpos de prova sejam retirados
em conformidade com a
ASTM 172
, moldados e
sazonados em conformidade com a
ASTM C31
e
ensaiados em conformidade com a
ASTM C39
.
Ressalta que é obrigatório medir e registrar a
temperatura do concreto na “boca da betoneira” no
momento de moldar os corpos de prova.
Recomenda que a retirada de corpos de prova
obedeça a:
• ≥ 1 exemplar por dia de concretagem;
• ≥ 1 exemplar para cada 115m
3
de concreto;
• ≥ 1 exemplar para cada 465m
2
de área
construída;
• dispensado o controle para volumes inferiores
a 36m
3
desde que exista carta de traço aprovada;
• cada betonada fornece apenas um resultado;
• o tamanho mínimo da amostra deve ser 5
exemplares e quando não houver 5 betonadas pode
ser menos de 5;
• para representar um exemplar obter a média
de 2 corpos de prova cilíndricos de 15cm diâmetro
por 30cm altura ou média de 3 corpos de prova de
10cm de diâmetro e 20cm de altura
Como critério de aceitação exige:
1. a média móvel de qualquer 3 resultados
consecutivos cronologicamente falando, deve ser
f
ck
(na verdade
f
c
que é a notação americana e que
corresponde ao quantil inferior de 10%);
2. nenhum resultado individual deve ser inferior em
3,5MPaemrelaçãoaovalorcaracterístico(até
f
ck
=35MPa);
3. nenhum resultado individual deve ser inferior
a
0,9*f
ck
para
f
ck
> 35MPa
Como se verifica é recomendado um controle por
amostragem, bem leve, superficial (uma betonada
por dia!) com uso obrigatório de estimadores e com
julgamento de grandes volumes de concreto de uma
só vez. O procedimento usual no Brasil de controlar
a 100% é, provavelmente, um dos mais caros e
mais seguros do planeta.
Tabela 3. Valores de
y
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(tabela 8 da ABNT NBR 12655:2006)
condição de
preparo do
concreto
tamanho da amostra (número) de exemplares (
n
)
2
3
4
5
6
7
8
10
12
14
≥ 16
A
0,82
0,86
0,89
0,91
0,92
0,94
0,95
0,97
0,99
1,00
1,02
B ou C
0,75
0,80
0,84
0,87
0,89
0,91
0,93
0,96
0,98
1,00
1,02
A
g
concreto produzido com desvio padrão ≤ 4,0MPa; B
g
concreto produzido com desvio padrão ≤ 5,5MPa e
C
g
concreto produzido com desvio padrão ≤ 7,0MPa
12.Comoéocontroledeaceitação / rejeiçãodoconcreto (recebimento)
recomendado pelas Normas Americanas do ACI?
13.Comoéocontroledecceitação / rejeiçãodoconcreto (recebimento)
recomendado pelo
fib
Model Code 2010 e EuroCode II?
No
fib
Model Code 2010
, os autores não
encontraram referências para controle da
resistência do concreto, salvo rápida referência à
ISO 22965
e à
EN 206
.
O
EuroCode II
também remete as diretrizes para
controle e recebimento à
EN 206-1: Concrete – Part
1: Specification, performance, production and
conformity. Chapter 8 – Conformity Control and
Conformity Criteria. 8.2.1 Conformity control for
compressive strength.
Observe-se que o texto da
EN 206
é confuso
e complexo, dando a entender que além da
1...,6,7,8,9,10,11,12,13,14,15 17,18,19,20