ALCONPAT Int.
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Boletín Técnico 09
A resistência à compressão é a propriedade do
concreto adotada por ocasião do dimensionamento
da estrutura. Portanto, está diretamente ligada à
segurança e estabilidade estrutural.
A estrutura deve ser construída com um concreto
de resistência à compressão igual ou superior àquele
valor adotado no projeto estrutural e tomado como
referência para fins de controle.
Portanto,conceitualmente,nãoéaresistênciadoconcreto
na estrutura, conhecida por resistência à compressão
“efetiva” (
f
c,ef
) ou “real” do concreto que deve ser controlada.
O referencial de segurança e controle é a
resistência obtida no corpo de prova padrão,
amostrado, moldado, curado e ensaiado em
condições ideais para “potencializar” a resistência
intrínseca daquele traço de concreto, ou seja,
operações de ensaio programadas para alcançar a
máxima resistência potencial daquele material (
f
ci
).
Por outro lado, não há dúvida de que a
propriedade do concreto que melhor o qualifica
é a resistência à compressão, para a maioria das
aplicações correntes. Desde que na sua dosagem e
preparação tenham sido levados em conta também
os aspectos de trabalhabilidade, deformabilidade
e durabilidade (
Castro-Borges, 2007
) – optando-
se por determinada curva granulométrica, tipo e
classe de cimento, relação água/cimento, adições,
aditivos, fibras, etc. – e, consequentemente, daí
resultando uma certa resistência à compressão,
qualquer modificação na uniformidade, natureza
e proporcionamento desses materiais especificados
poderá ser captada por uma variação na resistência.
A resistência à compressão é uma propriedade
muito sensível, capaz de indicar com presteza as
eventuais variações da “qualidade” de um concreto,
da dosagem ou de seus insumos.
Figura 1. (a) Câmara úmida para cura dos corpos-de-prova
(Imagem acervo PINI, Revista Téchne, edição 166. Janeiro de 2011)
; (b) Corpos
de prova cilíndricos adotados no Brasil como referência de projeto e para controle da resistência à compressão do concreto
(imagem acervo
Rubens Bittencourt. Furnas, 2011);
(c) Retificação dos topos dos corpos de prova para ensaio
(Imagem acervo PINI, Revista Téchne, edição
166. Janeiro de 2011)
; (d) Ensaio de ruptura
(Imagem acervo PINI, Revista Téchne, edição 166. Janeiro de 2011)
.
(c)
(d)
(b)
(a)
portanto,sendobemrealizadasvãomedira“máxima”
ou “potencial” resistência desse volume de concreto
que esse corpo de prova representa. Qualquer falha
operacional vai reduzir essa resistência, advindo
desse conceito a importância de operações de
ensaio corretamente executadas.
5. Importância da resistência à compressão
6. Limitações do controle da resistência
Toda estrutura de concreto, depois de acabada, possui uma série de características próprias
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