ALCONPAT Int.
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Boletín Técnico 09
ou seja, todo o lote é conhecido, não há concreto
com resistência desconhecida. É um procedimento
de controle muito confiável, porém, o mais caro e
raramente utilizado ou recomendado nas normas
estrangeiras (ACI, EN), apesar de usual no Brasil;
l
Controle por amostragem parcial (item 6.2.3.1
da ABNT NBR 12655):
corresponde a apenas
amostrar algumas amassadas representativas.
Pode ser o caso de lajes, grandes blocos e sapatas,
paredes cortina e grandes volumes de concreto nos
quais a resistência mínima do concreto não tem
consequências tão desastrosas quanto em pilares.
Algumas amassadas (caminhões betoneira ou
betonadas) serão aferidas, outras não. Portanto
é uma amostra daquele lote ou população e
para tal precisa ser definido o tamanho mínimo
dessa amostra, ou seja, em quantas amassadas
será realizada a tomada de corpos de prova
representativos que darão origem a exemplares
3º Passo:
Tamanho mínimo da amostra (só
aplicável a amostragem parcial)
No caso brasileiro, aqui usado como exemplo
didático, o tamanho mínimo da amostra no
caso de amostragem parcial, ou seja, o número
mínimo de exemplares que deve constituir uma
amostra, segundo a
ABNT NBR 12655:2006
é de 6
exemplares, para os concretos classificados segundo
a
ABNT NBR 8953:2009,
como do grupo I (classes
até C50) e de 12 exemplares, para os concretos do
grupo II (classes superiores a C50).
A definição do tamanho da amostra parcial
deverá considerar dois fatores, a saber:
a)Número mínimo de exemplares para permitir
uma estimativa confiável da resistência do lote
(inferência estatística);
b)Número máximo de betonadas ou amassadas
empregadas na concretagem da peça em questão, já
que não tem sentido retirar mais de um exemplar
por betoneira (menor unidade de produto).
É permitido ainda pelo item
6.2.3.3 da ABNT
NBR 12655:2006
, em casos excepcionais, por
exemplo nos casos de concreto produzido por várias
betoneiras estacionárias de obra e somente para
volumes inferiores a 10m
3
, que a amostra tenha de
2 a 5 exemplares.
Exemplos:
1º exemplo: volume de concreto de pilares de um
andar tipo de apenas 18m³
a) quando o concreto for produzido por central e
entregue por 3 caminhões betoneira de 6m³ cada,
a amostra deverá ter apenas três exemplares, um
para cada caminhão (menor unidade de produto)
e, portanto, tratar-se-á de uma amostragem
total ou a 100%;
b) quando o concreto for produzido na própria
obra com betoneira de capacidade nominal de
300dm³ (um saco por vez), os mesmos 18m³ serão
produzidos por cerca de 110 betonadas (110
unidades de produto) e, portanto, será necessário
que a amostra seja composta de pelo menos 6
ou 12 exemplares, segundo seja o caso, ou seja,
moldar dois corpos de prova de uma betoneira
a cada 9 ou18 betonadas ou amassadas.
2º exemplo: volume de concreto de lajes e vigas
de um andar tipo de edifício de 96m³
a) quando o concreto for produzido por central e
entregue por 12 caminhões betoneira de 8m³ cada, a
população ou lote terá 12 (“resistências) exemplares
(96:8) e, portanto, se todos os caminhões forem
amostrados, constituir-se-ão numa amostragem
total a 100%. Se apenas 11 caminhões ou, no
mínimo 6, forem amostrados, então irão constituir
uma amostra parcial, ou seja, exemplares retirados
de apenas parte do lote;
b) quando o concreto for produzido na própria
obra com betoneira de capacidade nominal de
300dm³ (um saco por vez), os mesmos 96m³ serão
produzidos por cerca de 580 betonadas (580
Tabela 1.Definição do volume máximo de lote de concreto.
ABNT NBR 12655:2006
limites superiores
solicitação principal dos elementos da estrutura
compressão ou compressão e
flexão
flexão simples
volume de concreto
50 m³
100 m³
número de andares
1
1
tempo de concretagem
3 dias de concretagem num prazo máximo de 7dias
1...,3,4,5,6,7,8,9,10,11,12 14,15,16,17,18,19,20